Autor: Machado de Assis
★★★★★
Gênero: Literatura
Editora: EDUSC
Paginas: 32
O Autor:
Machado de Assis, que brasileiro no mínimo nunca ouviu falar este nome
ao menos uma vez? Nascido em 1839 e faleceu em 1908, filho de um pintor português
e uma lavadeira negra, por sua vez, mulato, lutou, cresceu e conquistou sucesso
em sua vida, sendo um dos escritores nacionais de maior reconhecimento, e
também internacional, escritor de diversos livros e contos, dentre os mais
famosos, “Memorias Póstumas de Brás Cubas”, “Quincas Borba”, “Dom Casmurro”, “Helena”,
“A Mão e a Luva” entre inúmeros outros. Foi um observador crítico e irônico de
nossa sociedade no século XIX.
Resenha:
Este pequeno conto do Machado de
Assis, publicado originalmente na Gazeta de Notícias em 1881 e logo após foi
integrado ao livro Papéis Avulsos, é de uma leitura super rápida, porém não tão
simples, deveras complexa, não nego que li muito mais que uma vez rsrs, mas não
é difícil afinal, se tratando de Machado de Assis, é um conto muito agradável de
se ler, e narra um diálogo entre um pai e filho, após o jantar de comemoração do
filho que completou 21 anos, e a entrada do jovem a vida adulta, dialogo esse
que acontece as 11 horas, (e termina em torno das 12), onde o pai, recomenda ao
filho que este, se torne um medalhão, sendo assim uma pessoa que adquira fama e
fortuna.
Os conselhos do pai, para tornar o filho um
medalhão, giram em torno de evitar que o próprio tenha raciocínios próprios, em
caso o de submeter-se ao pensamento, onde o filho deve sempre se submeter ao
pensamento neutro, com baixo conhecimento e limitação em seu vocabulário,
jamais utilizar da ironia, afinal é algo que requer muito raciocínio, e que de
certa forma mostra uma figura de um pai que falhou em seu desejo de ganancia
pessoal e impõe este mesmo desejo ao filho, que no decorrer do livro age
apenas, de forma passiva.
Em si, uma leitura rápida (de conto mesmo, são
apenas 16 páginas curtas rsrsrs mas como disse não deixa o livro fácil de se
entender), e de inestimável valor, mostra no geral, a forma que vemos os títulos,
onde o raciocínio não se torna algo primário, e como um título ou a fortuna e
fama, são mais valorizados pela sociedade do que o conhecimento no geral, onde
em si, se chega à conclusão que um quadro na parede pode se ter um valor maior
o qual está dentro da pessoa em si, um conto que nos faz refletir muito sobre esse
nosso estilo de vida, o quão valorizamos coisas que no geral não deveriam ter
tanto valor assim.
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